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Nhê'e Porã

08/04/2025

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Clube
Interact Club de Dourados-Guaicurus

Endereço
Dourados
MS
Brasil

Clube Patrocinador
Rotary Club Guaicurus

Orçamento Necessário
R$ 200,00

Objetivos

Estabelecer vínculo e um ambiente acolhedor entre as crianças e os colaboradores do projeto.

Demonstrar a importância da leitura para o desenvolvimento e valorização da pessoa indígena.

Incentivar hábitos de leitura e o interesse por livros. 

Fortalecer a criatividade, habilidades de comunicação e socialização, visando a ampliação e geração de novos conhecimentos e do senso crítico.



Metas

- Incentivar hábitos de leitura e o interesse por livros

- fortalecer a criatividade

- fortalecer habilidades de comunicação e socialização

- Criaçao de senso crítico 

- Desenvolver mentalidade ecológica



Razão do Projeto

Oportunizar novas experiências através das diversas formas de leitura às crianças indígenas, da aldeia Jaguapiru de Mato Grosso do Sul, Dourados.



Beneficiários

Os beneficiários diretos são as crianças atendidas no projeto, e os beneficiários indiretos são as irmãs consolatas e os pais das crianças. 



Resumo do Projeto

São realizados encontros quinzenalmente aos sábados dàs 08:30h às 10:30h, nas Irmãs Missionárias Consolatas de Dourados, onde durante os encontros são realizadas leituras e atividades lúdicas. Afim de estabelecer vínculo e um ambiente acolhedor entre as crianças e os colaboradores do projeto.

 Além de demonstrar a importância da leitura para o desenvolvimento e valorização da pessoa indígena. Visa incentivar hábitos de leitura e o interesse por livros. E também fortalecer a criatividade, habilidades de comunicação e socialização, aspirando a ampliação e geração de novos conhecimentos e do senso crítico. As atividades buscam ensinar, juntamente, a mentalidade ecológica da garotada. Essa iniciativa ainda conta com o auxílio de uma psicóloga que acompanha o crescimento psicomotor de cada criança, a qual ensina maneiras de ajudar esses jovens em relação a realidade carente que se encontram.



Resultados

Alguns dos resultados a cerca do projeto é a maneira que as crianças abraçaram a iniciativa e se demonstraram cada vez mais envolvidas e animadas, fortalecendo a socialização e interação dessas crianças. Os hábitos de leituras e de pinturas foram mais incentivados e as crianças mostraram interesse cada vez mais nessa área, incentivando a criativade e absorção dessas atividades. Como o projeto está em fase inicial de execução, ainda não houveram resultados quantitativos. 



Descrição

Após uma visita realizada em dez (10) de março de 2021 à dona Floriza, “rezadeira” da aldeia Jaguapiru, foi possível observar a carência de materiais básicos desde alimentação, higiene, moradia, em que muitas das famílias indígenas vivem. Essa é uma problemática advinda desde o processo de colonização e que persiste até a atualidade. O confinamento da população indígena e a proximidade da área urbana acabam, segundo dona Floriza, gerando conflitos internos e o afastamento das crianças e jovens da cultura indígena, transmitida oralmente entre as gerações. 

Diante dessa carência, muitas crianças indígenas não possuem acesso a livros, incentivos ou sequer a uma estrutura apropriada para estudos, situação agravada pelo fechamento total ou parcial das escolas por causa da pandemia.

Dessa forma, em conversa com as Irmãs Missionárias da Consolata, surgiu a proposta de um projeto que pudesse proporcionar as crianças um espaço de exploração da leitura e desenvolvimento de habilidades de comunicação, autonomia e pensamento crítico.

Esse programa foi, inicialmente, realizado por uma turma de cinco adolescentes de forma voluntária durante o período de um ano (2021-2022), entretanto, devido a complicações pessoais o projeto foi findado. Durante o final do ano de 2024, uma das adolescentes que havia participado do projeto, e atualmente associada ao Interact Club de Dourados Guaicurus, trouxe à tona a necessidade de retomar o projeto, tanto pela consciência da vulnerabilidade, quanto pela saudade dos rostos contentes, dessa vez, com um número maior de voluntários. O programa foi aprovado pelo Interact Club e logo depois começou a etapa de planejamento. Os meses em diante foram destinados a organização desse projeto, como conversas entre os associados, a fim de deixá-los conscientes a respeito da responsabilidade que seria exercida por cada um, pesquisa de livros e atividades pedagógicas e estipulação do preço necessário para o café da manhã e almoço que é servido aos sábados. 

No dia 15 de março de 2025 foi realizado o primeiro dia do projeto Nhê’e Porã pelo Interact, no primeiro momento houve o contato com associados presentes com as crianças, que se sentiram totalmente confortáveis e livre. Após isso, foi servido o café da manhã e então a leitura do livro, acompanhada da atividade que permitiu que a criatividade fosse posta em prática, depois, três arvores foram plantadas com a ajuda da garotada, que se demostravam totalmente animados com a proposta. Com a constância de visitas, os interactianos e a meninada constroem uma relação extremamente bonita e pura. 

Sob esse viés, o projeto não apresenta finalização, pelo contrário, pretende ser continuado durante diversas futuras gestões e, se possível, nunca ser findado.



Desafios

Alguns dos desafios encontrados foram a dificuldade de contagem de crianças nos dias das visitas, pois os números sempre variam na quantidade de crianças presentes no dia. Outro desafio é o transporte dos interactianos para o local do projeto, pois é afastado da cidade e nem todos os interactianos tem condições de ir sem que precise de carona. 



Metas Alcançadas

- Incentivar hábitos de leitura e o interesse por livros

- Fortalecer a criatividade

- Fortalecer habilidades de comunicação e socialização

- Criação de senso crítico



Impactos

Impactos causados aos beneficiados: Os reflexos desse projeto têm se disseminado de forma acelerada e impactante. O poder do afeto demonstra sua magnitude, refletindo-se nas visitas realizadas às crianças, que têm manifestado um crescente interesse pelos momentos de leitura aos sábados. Em diversas ocasiões, mostram o desejo de continuar explorando os livros, solicitando mais histórias. O vínculo afetivo, inicialmente idealizado na proposta, tem se feito cada vez mais evidente, permitindo que, atualmente, sejam vivenciados momentos em que as crianças compartilham trechos de suas rotinas desafiadoras. Esses relatos frequentemente envolvem situações de abandono e de famílias sem estrutura, que, por vezes, se veem obrigadas a recorrer a meios ilícitos para garantir a sobrevivência.

Ao início dessa proposta, quando contestados a respeito dos seus sonhos sobre futuro, não sabiam responder, eram crianças sem sonhos. A partir do convívio e dos laços criados, a inspiração tem os tomado, e, agora quando escutam questionamentos de mesma essência, sem nem precisar ponderar, a grande maioria afirma que gosta de estudar e deseja concluir a formação acadêmica futuramente. A valorização de suas qualidades tem os permitido acreditar num futuro para si, longínquo do que os rodeia no dia-a-dia.  

Ademais, habilidades psicomotoras têm mostrado progressos significativos. Aqueles que antes apresentavam dificuldades em atividades como pintura e escrita têm demonstrado avanços consideráveis nas tarefas propostas, evidenciando o impacto positivo das intervenções realizadas. Crianças que mostravam dificuldades para segurar o lápis, ou até mesmo insegurança em suas ideias, manifestam melhoria notada até mesmo pelas freiras que as acompanham. 

Outrossim, a relação pessoal acompanha as conquistas anteriores, sendo um destaque para as Irmãs. Manhas envoltas de um ambiente seguro e afetivo, revelam interferência benéfica em sua autoestima. Consequentemente, melhorando a rotina escolar e familiar.



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