Interact Club de Andradina-Urubupungá
Endereço
Andradina
SP
Brasil
Clube Patrocinador
Rotary Club de Andradina Urubupungá
Orçamento Necessário
R$ 320,00
Objetivos
O propósito foi o aprendizado da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) para que assim, haja maior inclusão desse setor da população, mostrando aos associados do Interact a importância de inserir a população não ouvinte no meio social por meio da comunicação, cujo objetivo é integrar, e não excluir.
O projeto também facilitaria a entrada de jovens surdos no Interact, expandindo suas amizades, antes restritas somente a pessoas surdas devido à comunicação impossibilitada, a pessoas ouvintes.
Metas
Proporcionar aos 42 associados do Interact de Andradina o domínio mínimo necessário à comunicação básica com os surdos, para que possam propagar o ensino e a visibilidade dessa língua na sociedade.
Buscou-se expandir, por meio dos interactianos, a LIBRAS às famílias, amigos e conhecidos.
Beneficiários
A população surda e a ouvinte, ambas podem ser integradas por meio da linguagem.
Descrição
Importância
Promover a inclusão dos surdos, que acabam excluídos socialmente devido aos limites da comunicação. Embora a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) seja atualmente oficial no Brasil, não é significativamente difundida nas escolas e nem entre a população em geral. O projeto também tem grande importância no ponto em que busca reduzir possíveis preconceitos e desconhecimento acerca dos surdos, visando romper a atual barreira comunicativa entre eles e população ouvinte, que muitas vezes os ignora por não compreender minimamente a língua de sinais.
(ótimo)
Pode-se reparar que em muitos casos (como emergências e necessidade de orientação simples do dia-a-dia), os surdos encontram dificuldade para serem compreendidos, constituindo uma forma de exclusão que pode ser reduzida se todos tivessem acesso e interesse ao aprendizado dessa língua. São os ouvintes que devem se adaptar aos surdos, e não o contrário.
Segundo estatísticas da OMS (Organização Mundial da Saúde), estima-se que quase 30 milhões de brasileiros sejam surdos, constituindo 14% da população. O assunto já chegou a ser tema da redação do ENEM, demonstrando a necessidade de debater acerca de sua inclusão.
Desenvolvimento
O projeto foi idealizado pela presidente do clube, Brenda Rocha Yamamoto, com o objetivo de capacitar os membros do Interact com conhecimentos básicos da língua de sinais. A partir disso, buscou-se a parceria de uma intérprete de LIBRAS da Igreja Batista local, que recebe pessoas surdas de outros municípios por não terem acesso a essa tradução em suas cidades. O acordo foi fechado, iniciando as aulas no dia 08/03, semanalmente após a reunião.
Na primeira aula, a professora Natália explicou a história de luta dos surdos pelos seus direitos ao longo do tempo e enfatizou a exclusão ainda presente na sociedade. Também introduziu o alfabeto por meio da música ''abecedário da Xuxa'', o que tornou a aula muito divertida e dinâmica. Nas aulas posteriores, sempre se revisava o conteúdo dado anteriormente e passava-se um assunto novo, o que facilitou a memorização das palavras. Dentre as atividades realizadas, está a tradução da música Era Uma Vez, de Kell Smith, o que nos mostrou que é possível ''cantar com as mãos'', transmitir sua essência por um caminho alternativo: a expressão corporal e facial, mesmo sem o som. A professora Natália explora diferentes métodos didáticos e divertidos aos jovens, desde a tradução-imitação até formas mais dinâmicas de ensino. Em algumas aulas, formaram-se grupos de 4 pessoas, cada qual com um tema escolhido para ser abordado em LIBRAS (como seus hobbies preferidos, escola, e até mesmo sobre a ADIC) para promover a interação entre os membros. Logo após se comunicarem sobre o assunto, cada grupo se apresentava aos demais, ensinando-os também as palavras desconhecidas. No dia 12/04, a professora orientou o clube a se dividir em duplas, recebendo uma conversa do dia-a-dia impressa para reproduzirem em gestos. Entre os assuntos, estavam conversas recorrentes, como perguntar onde fica certo restaurante, onde encontrar o banheiro, convidar a um passeio no parque ou a um café à tarde, pedir orientações de emergência, chamar pelo médico ou ir ao hospital.
Ainda, no dia 11/05, durante o Café da Manhã do Interact em homenagem ao Dia das Mães, o clube realizou uma apresentação em LIBRAS, traduzindo uma frase de agradecimento ao amor, proteção e carinho das mães em um momento emocionante.
Foi publicada uma videoaula instrutiva de LIBRAS no Instagram, feita pelos próprios interactianos, visando difundir essa língua também no ambiente virtual, de modo a alcançar mais pessoas e estimulá-las a aprenderem esse tipo de comunicação.
Ao fim de cada aula, os associados puderam levar o material dado para estudar. O mais divertido é que não existe aula de LIBRAS somente teórica, todas exigem a prática, mantendo os participantes envolvidos pela diversão e risadas proporcionadas ao tentarem reproduzir os gestos. Os associados foram orientados a baixar o aplicativo Hand Talk para complementar o estudo em casa; o projeto rapidamente ganhou o apoio e dedicação dos membros, que já sabem o básico para a comunicação com os deficientes auditivos.
Foi também realizada a publicacão de uma sequência de vídeos onde os associados do clube ensinam alguns sinais básicos de comunicação em LIBRAS, dessa forma atingindo outros públicos e tornando acessível o conhecimento prévio da línguagem de sinais, sem mensurar que a publicação nas redes sociais permite maior abrangência para que o interesse sobre a pauta seja potencializado a outras pessoas que não tiveram oportunidade de participar do projeto.
O encerramento aconteceu no dia 31 de Maio, com a visita do Leandro, amigo surdo da professora e intérprete Natália. Os associados tiveram a oportunidade de entender o motivo da deficiência auditiva, praticar e aprender novas dicas de comunicação vindas propriamente de um não-ouvinte, que ofereceu aos interactianos um sinal próprio (um nome dado de acordo com uma característica marcante de cada pessoa, essencialmente por alguém surdo). Cabe ressaltar que o aprendizado e a prática continuarão sendo incentivados no clube e onde for possível difundi-lo .
Observação: mesmo com o projeto encerrado, o clube foi convidado pela coordenadora da EMEF Leonor Salomão para ensinar o básico da LIBRAS aos professores e à turma de um aluno surdo da escola. A aula ainda está sendo planejada para que seja possível transmitir a língua de forma mais lúdica e fácil ao entendimento das crianças, possivelmente incluindo dinâmicas e descontração, explicitando a importância da inclusão dos surdos na sociedade brasileira e buscando estimular a empatia desde cedo para a formação de futuros cidadãos mais conscientes.
Desenvolvimento
O projeto foi idealizado pela presidente do clube, Brenda Rocha Yamamoto, com o objetivo de capacitar os membros do Interact com conhecimentos básicos da língua de sinais. A partir disso, buscou-se a parceria de uma intérprete de LIBRAS da Igreja Batista local, que recebe pessoas surdas de outros municípios por não terem acesso a essa tradução em suas cidades. O acordo foi fechado, iniciando as aulas no dia 08/03, semanalmente após a reunião.
Na primeira aula, a professora Natália explicou a história de luta dos surdos pelos seus direitos ao longo do tempo e enfatizou a exclusão ainda presente na sociedade. Também introduziu o alfabeto por meio da música ''abecedário da Xuxa'', o que tornou a aula muito divertida e dinâmica. Nas aulas posteriores, sempre se revisava o conteúdo dado anteriormente e passava-se um assunto novo, o que facilitou a memorização das palavras. Dentre as atividades realizadas, está a tradução da música Era Uma Vez, de Kell Smith, o que nos mostrou que é possível ''cantar com as mãos'', transmitir sua essência por um caminho alternativo: a expressão corporal e facial, mesmo sem o som. A professora Natália explora diferentes métodos didáticos e divertidos aos jovens, desde a tradução-imitação até formas mais dinâmicas de ensino. Em algumas aulas, formaram-se grupos de 4 pessoas, cada qual com um tema escolhido para ser abordado em LIBRAS (como seus hobbies preferidos, escola, e até mesmo sobre a ADIC) para promover a interação entre os membros. Logo após se comunicarem sobre o assunto, cada grupo se apresentava aos demais, ensinando-os também as palavras desconhecidas. No dia 12/04, a professora orientou o clube a se dividir em duplas, recebendo uma conversa do dia-a-dia impressa para reproduzirem em gestos. Entre os assuntos, estavam conversas recorrentes, como perguntar onde fica certo restaurante, onde encontrar o banheiro, convidar a um passeio no parque ou a um café à tarde, pedir orientações de emergência, chamar pelo médico ou ir ao hospital.
Ainda, no dia 11/05, durante o Café da Manhã do Interact em homenagem ao Dia das Mães, o clube realizou uma apresentação em LIBRAS, traduzindo uma frase de agradecimento ao amor, proteção e carinho das mães em um momento emocionante.
Foi publicada uma videoaula instrutiva de LIBRAS no Instagram, feita pelos próprios interactianos, visando difundir essa língua também no ambiente virtual, de modo a alcançar mais pessoas e estimulá-las a aprenderem esse tipo de comunicação.
Ao fim de cada aula, os associados puderam levar o material dado para estudar. O mais divertido é que não existe aula de LIBRAS somente teórica, todas exigem a prática, mantendo os participantes envolvidos pela diversão e risadas proporcionadas ao tentarem reproduzir os gestos. Os associados foram orientados a baixar o aplicativo Hand Talk para complementar o estudo em casa; o projeto rapidamente ganhou o apoio e dedicação dos membros, que já sabem o básico para a comunicação com os deficientes auditivos.
Foi também realizada a publicacão de uma sequência de vídeos onde os associados do clube ensinam alguns sinais básicos de comunicação em LIBRAS, dessa forma atingindo outros públicos e tornando acessível o conhecimento prévio da línguagem de sinais, sem mensurar que a publicação nas redes sociais permite maior abrangência para que o interesse sobre a pauta seja potencializado a outras pessoas que não tiveram oportunidade de participar do projeto.
O encerramento aconteceu no dia 31 de Maio, com a visita do Leandro, amigo surdo da professora e intérprete Natália. Os associados tiveram a oportunidade de entender o motivo da deficiência auditiva, praticar e aprender novas dicas de comunicação vindas propriamente de um não-ouvinte, que ofereceu aos interactianos um sinal próprio (um nome dado de acordo com uma característica marcante de cada pessoa, essencialmente por alguém surdo). Cabe ressaltar que o aprendizado e a prática continuarão sendo incentivados no clube e onde for possível difundi-lo .
Observação: mesmo com o projeto encerrado, o clube foi convidado pela coordenadora da EMEF Leonor Salomão para ensinar o básico da LIBRAS aos professores e à turma de um aluno surdo da escola. A aula ainda está sendo planejada para que seja possível transmitir a língua de forma mais lúdica e fácil ao entendimento das crianças, possivelmente incluindo dinâmicas e descontração, explicitando a importância da inclusão dos surdos na sociedade brasileira e buscando estimular a empatia desde cedo para a formação de futuros cidadãos mais conscientes.
Metas Alcançadas
Aprendizado da comunicação básica, essencial e cotidiana em LIBRAS, além de difundi-la às famílias, amigos e na Internet.
Impactos
O impacto imediato foi a visibilidade do projeto entre clubes vizinhos devido à divulgação e também de pessoas conhecidas dos associados, que perceberam a importância da iniciativa. Algumas pessoas se interessaram tanto pelo projeto, que até perguntaram da possibilidade de participarem, motivando o clube a considerar a ideia de abrir futuras aulas gratuitas dadas pelos próprios associados à população em geral. A longo prazo, a ideia possibilitou a expansão do conhecimento pelos Interactianos, já que entenderam a necessidade de aprender essa língua e tornarem-se ''pontes'' para a comunicação entre ouvintes e não ouvintes.